sexta-feira, 19 de março de 2010

Carnaval 2006 - O Festival da Boa Vizinhança

" O Festival da Boa Vizinhança "
Justificativa de Enredo

É nostálgico. É encantador. É uma sensação pura lembrar de personagens e histórias que encantaram o imaginário. Povoaram a mente de inúmeras crianças, adolescentes e até marmanjos durante anos no mundo inteiro. O enredo da GRESV Sei lá relembra essa figura imortal da TV mexicana que é uma lendária mágica. Com o propósito de nos levar de volta ao universo encantado da Vila de moradores tão cômicos; “O Festival da Boa Vizinhança” é uma grande festa, onde contamos com a participação de todos os elementos, frases e sentimentos das trapalhadas dessa turma. Inicia-se a fantástica viagem de fato pelo festival, que traz o Chapolim Colorado, um personagem de outro seriado da televisão, apresentando a brincadeira. Retrata o reencontro de todos os personagens e os principais cenários e bordões utilizados. Segue-se de fato pela saudade que cada episódio e imagem deixou na mente e no coração de cada um de nós; e culmina no maior espetáculo do mundo em terras mexicanas. Carnavalizamos Acapulco. Carnavalizamos Chaves e sua turma num grande festival para matar saudades...


SINOPSE DO ENREDO

Era uma vez...

Era uma vez uma vila onde se podia tudo, menos a presença de “animais e crianças pequenas”... Uma vila mágica, com personagens tão mágicos quanto a própria. Só nesta vila que poderíamos encontrar um “Quilômetro parado” apaixonado por uma “Velha coroca” que sempre era presenteada com um ramo de flores em troca de uma xícara de café. Também podemos encontrar um “Velho pançudo” correndo atrás de um “Chimpanzé reumático” em busca de uma dívida de 14 meses de aluguel. E não podemos esquecer de 4 crianças: Uma com “Bochechas de buldogue velho”, um “Garoto rechonchudo”, uma garotinha bem espertinha, e um outro apaixonado por “sanduíches de presunto”... Essas 4 crianças viviam com medo de uma tal “Bruxa do 71”, principalmente quando ela chamava pelo “satanás”.
Apesar de todos os problemas existentes, eles se amavam, pois “as pessoas boas devem amar seus inimigos”. E desse amor nasceu um festival:

“O Festival da Boa vizinhança”. Mas como assim um festival? Como poderia ser feito? E agora? Quem poderá nos ajudar?
E surge do meio do nada... Um Pássaro? Não, um avião? Nada disso, surge o Chapolim Colorado. O “Polegar vermelho” (um super-herói trapalhão e idolatrado pelas crianças da vila) dá a idéia:
-Vamos fazer um festival, aliás, um grande festival, que conte simplesmente a vida de vocês, suas estórias, brincadeiras, acontecimentos em geral.
E todos dizem:
-“Não contavam com sua astúcia!”

Deu-se início ao festival:

1° ATO: Dona Florinda, Professor Girafales e Dona Clotilde iniciam o festival.

A Bruxa, digo, a Dona Clotilde pega o microfone e começa a falar que se sente lisonjeada de abrir o festejo, não sabe o motivo que levou a ser a escolhida, mas já que foi, começa a falar o que para ela significa o “Festival da Boa Vizinhança”: O Amor.
- “Sim porque o amor, ai o amor é o laço que une os seres entre si, é a chama que os funde no crisol da vida, deve haver amor entre todo mundo. Sim, amor entre o vizinho e outro vizinho, amor entre a criança e o adulto, como o amor que deve haver entre o pai e o filho. E porque não dizer o amor entre uma mulher e um homem? A mulher nasceu para amar e ser amada. Por tanto, devemos amar sem restrições, pensando sempre e a cada momento que não existe nada mais belo que o amor. O amor que é tudo nessa vida: carinho, ternura, paixão,
romance... Ou existirá coisa mais romântica que um casal de namorados que caminha lentamente sobre a luz de prata da lua, em uma noite clárida e outonal?
Sim meus amigos. Amor, amor e amor. Nasceu de ti, nasceu de mim, nasceu da alma. Porque o amor vence todos os obstáculos, todas as
barreiras e todos os riscos. Pois o amor é como o sol que ilumina todos os rincões da Terra, fazendo germinar a semente que irá se transformar em fruto. E pintando de dourado os trigais que se ondulam em busca do vento. E vejam bem, de que outra forma pode se manifestar o amor?


Há que se desculpar os erros do vizinho, e perdoar os atritos passados. Tudo isso é amar! Eu amo, tu amas, Seu Madruga ama, nós dois nos amamos, vós também amais e, quero dizer, me desculpem. Com licença.”
Após o belíssimo discurso, foi passada a vez para o casal da Vila. Os dois contam casos marcantes que aconteceram... Quem não há de lembrar da grande escola onde o Professor Lingüiça...
Ouve-se uma voz ao fundo:
- “Ta, ta, ta, ta, ta... o meu nome não é Professor Lingüiça, sou Lingüiça e meu nome é professor, digo, sou professor e meu nome é Girafales”.
Voltando ao festival, quem não há de se lembrar da grande escola onde o Professor Girafales ensinava as crianças que o livro é o caminho do saber, pois como ele diz:
-“Enquanto estiverem com o livro entre as mãos, serão gente de bem, gente de caráter (...) em outras palavras, enquanto estiverem com o livro entre as mãos, serão como eu.”
Lembraram-se também quando o Professor Girafales foi o Juiz para a averiguação do caso da morte do “gato do Quico” e até hoje “tentam”
saber “quem estava parado feito bocó na rua olhando a moça bonita”. E como esquecer do concurso de miss? Onde a vila inteira estava
assistindo o concurso na casa da Dona Florinda, concurso transmitido ao vivo direto de “Acapulco”.

Dona Florinda não poderia esquecer de seu restaurante, tão badalado pelos moradores..., Mas um fato que a desagrada muito foi quando houve uma invasão de ratos, e a todo o momento vive ouvindo um “nada de exaltações” por todos os lados.
E para o “Gran-finale” do primeiro ato, uma atração internacional, o ator “Héctor Bonilla”. Ele é recebido com um “bom dia Héctor”, pega o microfone e diz apenas duas palavras:
- “Te Perdôo”

2° ATO: Seu Madruga e Sr. Barriga continuam o festival.

Mal sobem ao palco e o Sr. Barriga já diz:
- “Pague o aluguel”
Além disso, o Sr. Barriga começa a falar da vez em que quase foi enganado por causa do tal “disco voador” só para não receber o pagamento.

Seu Madruga interrompe e diz que é uma festival para semear o amor e não a discórdia... E começa a falar que embora muitas pessoas digam que é vagabundo ele diz:
- “Não há nada mais trabalhoso do que viver sem trabalhar”
E através disso ele mostra que já trabalhou bastante nessa vida, ele já foi fotógrafo, lutador de boxe, carpinteiro, leiteiro, entregador de lenha,
sapateiro, cabeleireiro, vendedor de coisas velhas e roupas usadas, mecânico, até professor ele já foi “pois é, pois é, pois é”.
Quem não se lembra quando aquele “farrapo de gente”, digo, Seu Madruga, foi “coach” de futebol americano e o Quico ficou com medo de
levar uma “coachada”? Mas Seu Madruga recorda com carinho quando foi vendedor de churros, embora não tenha tido muito sucesso, sentiu o
gosto de ter Dona Florinda como sócia. Também não dá para esquecer quando ele foi empresário e contratou dois profissionais internacionais
do iô-iô, um vindo do “Norte da África do Sul” e o outro vindo do “Sul da África do Norte”.
Para encerrar o segundo ato, uma sessãozinha de cinema, o filme? Não poderia ser outro, o “Filme do Pelé”.

3° ATO: As Crianças encerram o festival.

Chaves sobe no palco e diz que a “Tienda Del Chavo” está aberta para quem quiser saborear os refrescos de “limão, que parece de tamarindo e tem gosto de groselha”, “tamarindo, que parece de groselha e tem gosto de limão” e “groselha, que parece de limão e tem gosto de tamarindo” e o melhor: Não haverá concorrência com o “Super de Quico” e o “balde de água suja” foi retirado. Mas ninguém há de se esquecer no dia em que a Chiquinha ganhou um livro sobre animais e começou a fazer adivinhações com o Chaves... Tinha o gato (“o que te chuta com o sapato”), o porco (“aquele que te dá um soco”), o coelho (“que te chuta com o joelho”) e a gaivota (“quem manda ser idiota”)... Mas um que ninguém
conseguiu acertar foi saber qual era o “animal que bate nos filhos”...
E como o festival também é musical não poderia deixar de ter a bandinha formada pela turma no palco da escola... Mas antes disso o Quico queria recitar um poema sobre as mães, um poema sobre uma “mamãe querida que já deixou derretida e meu coração por ti bate como um caroço de abacate, como sinos de chocolate, como pano de engraxate ou como dente de alicate?” Enfim, mas o que interessa mesmo é o musical e a primeira apresentação é a musica dos sapinhos. As crianças se preparam e começam a cantar:

“Ah, um disse o sapinho
Ah, um disse o sapinho para mim
Os sapinhos fazem um, ah, um
Os sapinhos fazem um, ah, um
Os sapinhos fazem um, ah, um”

Após o termino da música, o Chaves lembra que gostaria de recitar o poema do cão arrependido, então ele começa:

“Volta o cão arrependido
Com suas orelhas tão fartas
Com o seu osso ruído
Com o rabo entre as patas”

Mas é logo interrompido, pois o poema tem que ser repetido 44 vezes... E para terminar o festival, todos sobem ao palco. Carnavalizando o festival que é animado com a bandinha das crianças, a vizinhança canta a música que tem a ver com eles, que representa a história, suas brigas, amizades, confusões, união... A música que a vizinhança cantou no dia em que esteve em “Acapulco”:

“Quantas vezes, como agora
A reunião se estendeu
Até que chegou a aurora
E nos surpreendeu
As estrelas, testemunham
Nosso amor e semelhança
Boa noite meus amigos
Boa noite vizinhança
Prometemos despedirmos
Sem dizer adeus jamais
Pois haveremos de nos reunirmos
Muitas vezes mais.”

Fecham-se as cortinas do mágico festival!

Felipe Andrade – Vice-Presidente de carnaval
Alex Brivio, Marcelo Machado e Renato Silva - Carnavalescos

Nenhum comentário:

Postar um comentário