sexta-feira, 19 de março de 2010

Concurso de Samba 2010

Março... São as águas de março fechando o verão... E junto com o encerramento do verão começam os preparativos finais para as entregas dos sambas concorrentes. E você? O que está fazendo? Está sentado, olhando para a tela do PC para saber as fofocas do mundo carnavalesco? Quem vem, quem vai, qual o enredo... Venha para a real, digo, venha para o virtual!

Participe desse mundo que não nos acrescenta em nada mas só nos diverte, venha compor para a Sei Lá e seja que nem o Tremendão, um morto.

Prazo da entrega dos sambas até o dia 18/04
Envie o samba para felipe2a@yahoo. com.br e oportelense@ yahoo.com. br

Aqui pode tudo, só não pode entregar o samba só com a letra e/ou copiar letras e melodias passadas (apesar do enredo). De resto, faça o que quiser, até exaltar o Presidente da instituição verde-e-laranja no refrão principal.

Sinopse Carnaval 2010

"Inventar pra que? Se eu já sei o que fazer"

JUSTIFICATIVA:
Diga-me você, onde foi parar a originalidade? É tudo a se repetir, copiar, imitar que se torna a cada dia mais legítimo reafirmar o que dizia o grande comunicador: "...nada se cria, tudo se copia".
E no embalo da cópia e da imitação, não esquecendo a sátira, o bom humor e até mesmo a provocação, a Sei Lá vem agora apresentar o seu enredo em festa, buscando carnavalizar tudo o que foi, é ou será copiado e adaptado sem medo de comparação, pois afinal: Inventar pra que se eu já sei o que fazer?!

SINOPSE:
Conta a história que no 6º dia da criação o Criador, o que criou o céu, a terra, os animais de todas as espécies, o dia, a noite fez sua mais perfeita obra: uma cópia de si mesmo, o homem. E se a perfeição é copiar, então toda forma de reprodução está alicerçada na maior história contada até hoje na humanidade. Teria sido preguiça ou cansaço depois de tantos dias criando todas as coisas que hoje vemos e sabemos existir? O fato é que sendo o homem uma cópia perfeita, tudo o que fora criado antes dele fica entre a adaptabilidade e camuflagem numa tentativa de sobrevivência... É a natureza com sua mágica forma de copiar.

Na evolução dos tempos as obras de arte entraram na roda da cópia também. São quadros famosos, copistas habilidosos a enriquecer. Temos na cidade maravilhosa uma cópia centenária, modelo francês a embelezar nosso cenário cultural. E se esse assunto está muito cult, vamos pro popular, vem de longa data os motivos que levaram livros inteiros e outras obras escritas a serem copiadas. Os monges foram responsáveis por duplicarem coleções inteiras de livros, manuscritos, mapas, cartas e tudo que remetesse a conhecimento e transmitisse poder. Hoje, porém, não há como se copiar manualmente tudo isso, surgindo a fotocópia para ajudar. São livros inteiros, apostilas, cadernos e revistas que em poucos minutos se duplicam. Fotos que em poucos segundos transportam para o papel um momento vivido. É o passado reproduzido no presente para se ter no futuro.

Já que copiar tá permitido o lance é abusar desse recurso em suas várias interpretações, se o reflexo é nossa cópia mais autêntica o que dirá dos irmãos que nascem gêmeos idênticos? É um tal de confundir e enganar que o jeito é nas mínimas diferenças tentar descobrir quem é quem nessa dúvida familiar.
O homem insatisfeito, cansado ou apenas na sua constante ânsia de se tornar deus de si criou máquinas para satisfazerem algumas necessidades, fez robô de todos os tipos, de todas as formas que tentam ser humanos de verdade. E se o robô para alguns não deu muito certo a ciência na clonagem investiu, surge então a ovelha simpática que virou nome de refrigerante e depois morreu... A clonagem foi capaz de gerar até novela, e criando polêmicas em busca de um amor eternizado. Mas se novela é um produto do grande público tudo seu é copiado, desde roupas e acessórios até a trilha sonora que em bancas vendem no atacado.
E não só os cds são alvos da pirataria, são brinquedos, artigos multi mídia, roupas e calçados em geral. É tanta imitação, cópia e reprodução que fica difícil encontrar o original.

Caso tudo isso precise de justificação lembro da máxima do velho guerreiro: "na televisão nada se cria, tudo se copia". E nesse cassino multicor, desfilam programas iguais que só mudam de apresentadores e canal, brincadeiras idênticas, até o telejornal não é mais original. Agora, se pra você ta ruim de achar um programa novo, "roda, roda e agita, um minuto de comercial..."
Mas há quem se divirta com a cópia ou com o deboche que se faz dela. São imitadores, mímicos, palhaços do dia a dia que nos seguem como sombra com sua rosa vermelha na mão. Quem nunca se divertiu com uma paródia, uma sátira musical? E se o lance é música "será só imaginação" afirmar que o "Taj Mahal" foi uma cópia do bem?
O campo musical pode deixar essa dúvida, mas na escola o que não falta como solução é colar. Colar do caderno, na mão, do colega, de tantas formas que muitas vezes fica difícil escolher a opção.

Agora vamos direto pro carnaval, o que você vê é realmente original? Então atente os olhos e ouvidos e preste atenção.
Se uma escola é tecnicamente perfeita, a outra também passa a ser em nome do campeonato a conquistar, deixando de lado sua tradição.
A brasilidade que um dia foi a apresentação verde e amarela de um carnavalesco, há hoje os que nele buscam "inspiração". A Tupinicópolis tropicalista, marca de um artista, hoje é Aquaticópolis embasada novamente na tão citada inspiração onde se faz o jogo das mãos. E se a desculpa é a inspiração, onde andará a marca pessoal de todo artista? Já existe o mago das cores, o gênio do luxo e a grande campeã com seu estilo barroco de narrar uma história...
Mas se por acaso com a voz de um interprete você se confundir, não se preocupe, são clones a se multiplicar entoando de forma igual o samba enredo em uma estrutura pra lá de formatada onde tudo é previsível, mesmo que o tema venha a mudar.

O carnaval é algo realmente peculiar para se copiar. Se no real tudo é inspiração, no virtual é um comando de teclas que vão executar a cópia. O Ctrl C + Ctrl V estão aí para provar. Mas se isso não é o suficiente vá de Print Screen, Photoshop... É tanto comando que fica fácil originalizar uma cópia autentica.
Cuidado para não se confundir com esses comandos e colagens, mas não se assuste ainda tem os clones virtuais espalhados por espaços de bate papo, comentando com "autoridade" a arte do carnaval.
O fato é que no virtual tudo parece mais fácil de copiar, trapacear e se dizer original. Até pegar como símbolo para uma escola o mesmo de uma do mundo real, as cores... teve estrela que se juntou com a grande Diva e se apresenta neste palco virtual.

O que parece é que nada mais é ou será original. Mas a Sei Lá te mostra que ainda há solução. Pode ser que dê trabalho, mas é necessário deixar se inspirar de verdade para a criatividade se fazer presente e se materializar. Veja o exemplo dos loucos que nos seus devaneios são livres e por isso originais.
E nos inúmeros exemplos que nosso país produz: O guaraná, "original do Brasil", segue os passos das sandálias valiosas mundo a fora, fundamentando seu poder de mercado. O que dizer dos nomes peculiares, diferentes que permeiam nosso solo nacional, são junções, invenções que cada um se torna único.
E se é para ser original nominalmente, nada melhor do que nossa agremiação: é sei lá o quê de boa, de original, desde o símbolo às cores.
Ao que parece para ser original é necessário coragem e não só inspiração. Por isso a Sei Lá se reinventa, pois mesmo sabendo o que fazer quer ir à busca do novo, do duvidoso e do título neste carnaval que é real em ser virtual. Inventar é nossa sina na busca de se saber fazer o que esta arte e festa pode nos oferecer.

Dedicada à nossa Estrela Maior Dalva de Oliveira


Carnavalesco e Autor do enredo: Renato Silva
Pesquisa: Renato Silva e Anderclébio de Lima Macêdo
Sinopse: Anderclébio de Lima Macêdo

" Cópias, Clones e Plágios", na Sei Lá

" Inventar pra que, se eu já sei o que fazer?"

É assim num ar de deboche que a nossa escola terceira colocada do carnaval 2009, vem para a Avenida Sergio Porteleandro no Carnaval 2010. A Sei Lá, conta e canta a história da arte de copiar ... onde plagiar está na lei, e proíbido mesmo é ser criativo, mas no fundo no fundo o enredo é uma grande onda de criatividade. O carnaval de 2010 será muito especial na vida do nosso carnavalesco Renato Silva, que depois de 4 anos fazendo a dobradinha que lhe rendeu o campeonato de 2008 com o João Vitor, assumirá o barracão da verde e laranja do Rio Comprido em trabalho Solo, conversamos com o carnavalesco Renato Silva que Confessou:

"Tenho medo da reação do povo com o carnaval da Sei Lá, mas a escola, não perderá o brilho e vem Luxuosa e brincalhona que sempre foi a marca da escola. (Renato Silva)

A Sei Lá está sem interprete após a saída do seu cantor principal José Paulo Sierra (Zé Paulo Sierra), a diretoria da escola está em busca do cantor principal. A escola também, promoveu uma mudança interna em sua diretoria, após falhas que deixaram escapar o bicampeonato ... O objetivo é corrigir as falhas de 2009 e fazer um desfile correto e sem falhas.

Resultado do Carnaval 2009

Numa apuração muito disputada, onde desde o inicio a Sei Lá brigou pelo titulo (bicampeonato) juntamente com a União Vermelho e Branco e a Pura Soberba a escola que liderou boa parte da apuração justamente com as outras 2 mas a escola viu que a chance do bicampeonato foi a abaixo quando a escola no 4º quesito, Samba Enredo, recebeu um duplo 9,5 (nove virgula cinco) e duas notas 10 (dez).
Veja como ficou o resultado final da apuração - Grupo de Elite


Campeã : União Vermelho e Branco - 150,0
2° lugar : Pura Soberba - 149,5
3° lugar : Sei lá - 149,5
4° lugar : Corações Unidos - 148,0
5° lugar : Arranco da FGAF - 144,5
6° lugar : Império da Zona Norte - 143,0
7° lugar : Ociosos de Gericinó - 141,0
8° lugar : Arriba Muchacho - 137,0
9° lugar : Colibris - 136,5
10° lugar : União da Beijilha - 136,0
11° lugar : Tradição de Bangu - 132,5
12° lugar : Brilho de Fogo - 128,0

Samba Enredo - 2009

Enredo: "?"
Compsitores: Victor Alves, Zé Paulo, Dida Portela, Daniel Reis e Tremendão da Barão
Intérprete: Zé Paulo Sierra


Viajando na imaginação
A imensidão vai me encontrar
Sou a fonte da sabedoria
A essência da vida a se revelar
Quem pensa que sabe de tudo
Perdeu-se no mundo
Ao me encontrar
Quem sou eu? Por onde vou?
Agora é hora do show

É arte, é fascinação
Eu tô ligado nessa emoção
Mistérios por todas as partes
No Universo a explosão.


"Será que ele é bossa nova?"
"Será que ele é Maomé?"
Ser ou não ser Eis a questão
É só um segredo do seu coração
Já se foi a vilã...
Como será o amanhã?
Um novo dia vai despertar
O que há de ser... Será!

Não há o que duvidar
O Sol brilhará na manhã
Mais uma vez eu vou gritar
Sei Lá é campeã!


Carnaval 2009 - "?"

"?"

O que é? O que é?
Se eu te perguntar, você me responde?
Se não responder correrá um sério risco...
Duvido que consiga acertar...
Posso estar junto às estrelas, com as cores do meu pavilhão,
Meu símbolo vem da Era de Grandes Impérios,
Concretizado pela Língua-Mãe.
Posso começar ou terminar um pensamento...
Pensar:
Palavra-chave da minha existência,
Transformei-me no combustível do avançar dos tempos
Aqueles que me usaram se tornaram imortais...
Fui o início de toda a Filosofia...
Perdurei até os nossos dias, pois escondo sua verdadeira origem...
Sei exatamente quem você é,
Mas pelo visto você não me pode adivinhar...
Estou por trás dos grandes questionamentos da Humanidade...
Neanderthal, BigBang...
Posso estar disfarçado em um simples sorriso,
Ou escrito por um grande Autor...
Prendo a audiência na televisão,
Estou nos enigmas da telinha...
Ganhei uma Copa do Mundo,
Uma bruxa me usa conversando com seu espelho,
Cantam-me em marchinha de Carnaval,
Quando se fala em futuro, lá vou eu aí outra vez...
Bom, ruim...
Você não sabe como ele vai ser,
E a culpa é toda minha...
Já te dei todas as dicas de quem eu sou,
Onde estou e para onde vou...
Conseguiu me desvendar?
Você sabe o que eu sou?

RESPOSTA: Eu sou a DÚVIDA!

Dedicada à Suelen Manguinhos
Autores e Carnavalescos: João Vitor Araújo e Renato Silva

Abertura – “Sei Lá!”
Setor 1 – “Questio – A origem Latina”
Setor 2 – “Só sei que nada sei”
Setor 3 – “Quem sou eu? Para onde vou?”
Setor 4 – “To be or not to be? That’s the question”
Setor 5 – “Quem matou Odete Roitman?”
Setor 6 – “O que é? O que é?”
Setor 7 – “Como será o amanhã?”

Samba Enredo - 2008

Enredo: “A saga de um povo, o esplendor de uma Arte – Amarelo... Uma viagem em pigmentos e História”.
Compositores: Tremendão da Barão, Dudu do Tamborim, Márcio Ferreiro e Didaportela
Interprete: Zé Paulo



Reluz da arte
A inspiração que nesta festa nos conduz
Delírio de um artista imortal
Pintando cores na folia virtual
No calor do Astro-Rei
Quero ver acontecer
O desabrochar da terra
Sob a luz de cada dia
Nessa energia vou reviver
Deuses da mitologia

Do sangue que corre na terra
O povo defende seu chão
E a milenar sabedoria
Vê na paz e na harmonia
Toda a força da união


Voa, voa Imperador
Lendário, mito, eterno
No vale donde a China aflorou
Às margens do Rio Amarelo
Mas em outros tempos quem diria
Dava tom à mentira e à covardia
Sonho de criança, jogando pedrinha
Não pise na linha, um pulo pro céu
Desce uma "loirinha", beba com moderação
De amarelo canário, vou gritar é campeão!
Achou a sorte abriu o sorriso
E nesse ano eu ainda fico rico
Vou em busca da vitória
Vem, vem nessa , vem comigo!


Olha o batuque, Sei Lá chegou
Fazendo alquimia vou desfilar
Misturo cores, fazendo um sonho
Refleti no seu olhar


Carnaval 2008 - “A saga de um povo, o esplendor de uma Arte – Amarelo... Uma viagem em pigmentos e História”

“ A saga de um povo, o esplendor de uma Arte – Amarelo... Uma viagem em pigmentos e História ”

ABERTURA
As crianças quando possuem diversas tintas por perto, vivem por fazer altas misturas. A curiosidade por descobrir novas cores, habita o imaginário infantil. Mal sabem elas que as cores possuem escalas de misturas.
A teoria das cores diz que por meio de cores básicas, ou primárias, qualquer cor pode ser formada. Em pigmentos, as cores primárias são o Magenta, Ciano e o Amarelo, e através do Amarelo, podemos obter as cores do nosso pavilhão: Verde (Ciano + Amarelo) e o Laranja (Magenta + Amarelo). Desfraldada a bandeira de nossa escola, comandada por essa cor primária, mostraremos a História de uma cor que tem muitas histórias para contar.


SETOR 1
Amarelo é Arte...

O Amarelo foi uma cor muito utilizada por um dos maiores pintores da idade contemporânea: Vincent Willem Van Gogh.
A história nos conta diversas teorias sobre o motivo da paixão pelo amarelo. Van Gogh era um adorador do amarelo em todas as suas tonalidade imagináveis, apaixonado por cores vivas pelo real motivo de morar em um lugar cinzento e úmido. Com isso, veio em sua mente a possibilidade de formar uma comunidade de pintores em algum lugar ao sul da França (Arles), para que todos pudessem trocar experiências à luz do sol, para estimular a criatividade.
Porém, uma outra teoria sobre a utilização do amarelo tem a ver com a bebida absinto. Popularmente chamada na época como “fada verde” devido a sensação de euforia que a bebida provocava. O Absinto era a bebida da moda entre os pintores. Van Gogh em diversas pinturas retratou pessoas bebendo absinto. Um dos sintomas da intoxicação pela bebida está a “xantopsia”. A “xantopsia” acarreta em uma distorção visual e leva a seu usuário ver objetos na cor amarela. Em suas pinturas, percebe-se que existem aumentos da tonalidade de amarelo e isso ocorre a partir do nível de intoxicação de Van Gogh.
O importante é que o amarelo sempre esteve presente na vida do pintor e de diversas obras importantes. Van Gogh possui duas obras onde abusa da cor amarela.
“Doze girassóis numa jarra” é a melhor e mais famosa obra do pintor. Após chegar ao sul da França, Van Gogh descobre o sentido da cor, o sentido da luz e nesse período sua obra sofre a chamada “expressão da cor”.
“A casa amarela” uma outra obra importante, é uma das primeiras paisagens urbanas pintadas por Van Gogh, realizada em Arles. A obra é outra das muitas que denotam o que o colorido da região causou no ânimo do artista.


SETOR 2
O Amarelo é luz e mitologia...

A primeira aparição do amarelo se deu através do Sol: O nosso astro rei. O amarelo é a cor do sol, que lança sobre nós sua energia, que confere vida e está diretamente relacionado com o calor. O astro fundamental para a sobrevivência dos seres vivos nos dá, também, o equilíbrio emocional.
Desde a Antiguidade, o Sol é adorado pelos homens, que sempre reconheceram a sua importância para a manutenção da vida e da saúde de todos os seres vivos. No Egito, a figura do deus-sol Khepri era um escaravelho alado, que segurava a bola solar, simbolizando a nova vida. Apolo era o deus que representava o Sol, o algoz da escuridão, adorado na Grécia. Já na cultura andina, o Sol aparece no centro do calendário asteca, esculpido numa pedra circular. O ano era dividido em dezoito meses curtos e a importância solar no ciclo da agricultura era destacada.


SETOR 3
Amarelo é etnia...

A etnia amarela é originária da Ásia. Possui como características comuns a pigmentação da pele "amarelada", ou seja, com mais pigmento castanho que os brancos, com cabelo negro e liso.
Há mais de trezentos mil anos, a etnia amarela penetrou na China. Essa migração era em direção ao norte e começou a invadir as terras de caça do homem vermelho. Esse antagonismo racial provocou um aumento das hostilidades e se iniciou uma luta pelas terras férteis da Ásia.
Por mais de trezentos anos essas duas raças travaram guerras amargas e contínuas. Nas lutas iniciais, os homens vermelhos foram mais bem-sucedidos em geral. As suas expedições espalhavam a devastação nas colônias amarelas. Porém, o homem amarelo como bom aluno na arte da guerra, manifestou uma habilidade especial de conviver pacificamente com os seus compatriotas, iniciando uma sabedoria milenar chinesa: “Na união está a força”. As tribos vermelhas continuaram com seus conflitos e destruição mútua e começaram a sofrer derrotas nas mãos dos implacáveis chineses, que continuaram sua marcha para o norte.
Há cem mil anos, as tribos vermelhas lutavam acuadas pelo gelo da última era glacial e quando a passagem de terra sobre o estreito de Bering tornou-se atravessável as tribos vermelhas não demoraram a abandonar o continente asiático e com isso se concretizando a vitória da etnia amarela.


SETOR 4
Amarelo é história...

Entre os anos de 2698 AC a 2599AC, a China foi governada pelo último dos três Imperadores Lendários: Huang Di, o Imperador Amarelo. O Amarelo era a cor da monarquia chinesa, e o imperador só vestia amarelo, daí o nome do imperador. Ele é considerado o ancestral de todos os chineses da etnia Han (uma dinastia chinesa, que durou de 206 a.C. até 220 d.C).
Reza a lenda chinesa, que após um século de reinado, o imperador que era muito respeitado pela população, passou o poder ao jovem Shaohao. Como não queria morrer, o imperador estava disposto a procurar a imortalidade. Adepto ao taoísmo, uma religião nativa da China, desde a antiguidade a imortalidade era procurada pelos taoístas e para isso era necessário a escolha de um ambiente tranquilo e uma paisagem pitoresca.
Após uma longa viagem, o imperador acompanhado de dois monges taoistas, chegaram a montanha Qian, considerada a ideal para a busca da imortalidade. Depois de um longo trabalho que durou quatrocentos e oitenta anos, conseguiram produzir os remédios necessários. Ao tomar uma dose do remédio, o imperador amarelo se sentiu leve, até voando, enquanto seus brancos cabelos e barbas tornaram-se preto e sua pele começou a esticar.
Com isso, uma fonte lançou das fendas, uma jato de cor avermelhada e quente. Após 7 dias e 7 noites de banho, todas as rugas sumiram de seu corpo e foi transformada em uma outra pessoa cheia de vigor. A partir daí o imperador amarelo tornou-se imortal e a montanha foi chamada de montanha amarela.
A montanha amarela é uma das montanhas pertencente ao vale do amarelo, região onde o solo possui uma cor amarelada. No vale nasce o rio amarelo, que em alguma épocas do ano, o rio fica com uma cor amarelada devido ao barro amarelo existente em suas margens. O rio amarelo desemboca no mar amarelo (o mar banha o nordeste chinês) e é de grande importância para economia chinesa pois o vale onde nasce o rio, possui terras férteis.
Foi no rio amarelo que se deu início a civilização chinesa


SETOR 5
Amarelo já foi negatividade...

Na idade média, o amarelo já foi menosprezado. Era a cor da mentira, dos traidores, dos excluídos e dos covardes. O amarelo era conotado aos leprosos, beatos e mulçumanos. Estes três eram identificados por pedaços de tecidos amarelos, estrelas amarelas e faixas amarelas e apresentava pequenas similaridades com o verde: as cores da desordem e da loucura. Ao passar dos séculos, na Época Moderna, o amarelo se tornou a cor da doença. A doença e morte, o ciúme e a traição, eram representados fortemente pelo amarelo. O amarelo na política se associa à revolução e à traição e no jornalismo, imprensa sensacionalista é conhecida mundialmente por imprensa amarela, no Brasil é chamado de imprensa marrom.


SETOR 6
Amarelo em nossas vidas

O amarelo está presente em nossas vidas através de diversas formas. Quando crianças, nós costumamos brincar de amarelinha, onde tradicionalmente com auxílio de uma casca de banana (também amarela) atirada em diversos números, possuímos a chance de chegar ao céu. Na música, onde o amarelo já foi tema base... O amarelo também pode nos indicar para prestarmos atenção. Um sinal amarelo nos informa quando o sinal está preste a abrir ou a fechar, ou no futebol, um cartão amarelo nos indica que dependendo do comportamento no decorrer do jogo, haverá uma expulsão. No ano novo, o amarelo é sinal de riqueza e prosperidade. Um riso amarelo é um riso envergonhado. Mas o significado da mão amarela neste momento não poderá ser contado.
Porém, existem três tipos de amarelos que os brasileiros mais gostam. A loira, a cerveja e a nossa seleção. Uma mulher chama a atenção quando o seu belo corpo está acompanhado de um cabelo amarelo (ou loiro), assim como a cerveja, conhecida como “loira gelada” é bastante degustada nacionalmente. E a nossa seleção claro! Após a perda da copa de 1950, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) argumentou que o uniforme branco dava azar para a seleção e a partir da copa de 1954 a seleção adotou o uniforme amarelo (depois conhecido como seleção canarinho), curiosamente, a partir daí ganhamos cinco títulos. Seria o amarelo a cor da sorte?


SETOR 7
Fechar com chave de ouro.

O amarelo é uma das cores mais brilhantes e intensas de todas. É a cor do ouro, um dos metais mais preciosos e desejado por muitos.
Fechar com chave de ouro é fechar com vitória, com conquista. Nas Olimpíadas o ouro é cobiçado por diversos atletas de diversos países. A medalha de ouro significa que você é o vencedor, você foi o melhor naquilo que se propôs a fazer. Já na Copa do Mundo, grandes jogadores representam a sua nação em busca do precioso troféu dourado: A Copa do mundo.
No carnaval virtual não é diferente, grandes escolas em busca do seu lugar ao sol, em busca da vitória e como não será diferente, nesse carnaval, a Sei Lá quer fechar com chave de ouro e conquistar a vitória.

Pode ser gelb, huang tse, rúmen, jaune ou até , quem sabe sárga, giallo ou yellow, poderia ser zólty, kiiro ou amarillo, porém, nesse carnaval virtual, será conhecido mundialmente como apenas AMARELO.


Felipe Andrade, autor do enredo.
Renato Silva e João Vitor Araújo, carnavalescos.

Compacto Sei Lá - Carnaval 2007

Compacto do desfile de 2007 que rendeu a 8ª colocação a Sei Lá

Samba Enredo - 2007

Enredo: Vem Dançar Comigo?
Compositores: Zé Paulo, Victor e Tremendão.
Interprete: Zé Paulo

Será o começo do fim?
Tudo pode acabar
Quem sabe enfim?
Ela chega de repente
De mansinho, envolvente
Deixando a saudade, a tristeza
Nada além de uma certeza


"Corre do abraço" que lá vem o "Zé Maria"
O baile já vai começar
Do outro lado da vida

Antigas civilizações
Praticavam rituais
Em diferentes regiões
Sob as areias do Deserto
Permanece o mistério
Que atravessa gerações
Mas em solo mexicano
Tem festa todo ano
Rito de felicidade
Pra quê ficar chorando?
Se o homem ainda tenta descobrir
Os caminhos da eternidade
O samba que "agoniza mas não morre"
Minha alegria de verdade
É paixão felicidade


Hoje eu canto "Sei Lá", eu to aí
"Bate as botas", rebola
Vem sacudir


Carnaval 2007 - Vem Dançar Comigo?

Vem Dançar Comigo?
Justificativa de Enredo

Morte, não é um simples ato de passar para o outro lado, deixar a todos que ama e partir para o cumprimento do seu destino... É mais que isso: é um bailar acompanhado, um verdadeiro pás-des-deux... Dar o braço para a nossa mais temida companheira e a nossa maior certeza: ela que possui vários rostos, vestimentas, e com ela vem acompanhado todos os medos, mitos...
Esses mitos foram criados desde os primórdios da humanidade, pois essa foi e ainda é uma pergunta que assombra a todos: de onde viemos e para onde vamos? Forças da natureza, principalmente os fenômenos naturais foram utilizados para tentar explicar o inexplicável: esse foi o animismo. E com a evolução dos tempos o homem e seus conhecimentos foram cada vez mais sendo aumentados, e o próprio mundo foi sendo descoberto e com esses novos horizontes foram inseridos novos conhecimentos, mas nenhum deles respondia à velha pergunta... Cada civilização tentara responder de sua forma, ou pelo menos amenizá-la, mas o que podemos ter certeza é de que a espiritualidade sempre foi um papel decisivo além de todos os interesses políticos e sociais de cada época.
E foi assim que gregos, persas, etruscos e mais tarde romanos, judeus e muçulmanos criaram suas hipóteses e suas crenças e mitos... Mitos esses muitas vezes personificados na forma de criaturas horripilantes em que mexia com o imaginário da sociedade.
Isso foi levando as religiões que conhecemos onde cada uma possui uma identidade para a morte ou uma hipótese de como é o depois da morte... Céus, Infernos, Umbrais, chamas eternas, virgens odaliscas, enfim cada qual com suas lendas.
Não se pode esquecer também dos avanços científicos querendo de forma inútil vencer a morte. Por mais que ela esteja evoluída este foi ainda é um mal que ninguém consegue curar.
Este é um tema que sem duvida a sociedade, principalmente a ocidental tem muito medo de tocar... Quantos não têm medo da morte? Mas também quantos não a comemoram de forma festiva e animada? O maior exemplo é o Dia dos Mortos no México, um verdadeiro Carnaval.
Não adianta fazer nada que dela você não escapa uma hora ela vem e te chama para dançar... Ela chega com seu jeito imperceptível e de forma irrecusável ela te chama: Vem dançar comigo?

Sinopse

Morte: O fim...
Morrer – findar, acabar...
Será? Será realmente o final de tudo?
Não. Morrer também é desembocar
É continuar...
Mas continuar o que?
Onde?
Não sabemos...
Esta é apenas uma certeza:
Vamos morrer (e só)
Sabemos que um dia ela vem
Com seus passos doces e cálidos
Seu melhor sorriso
Sua melhor roupa
De fundo aquela velha sinfonia:
Ela vem para tirar para o grande baile
Pois é... Um baile
Um baile que para os que ficam
Soam como tristeza
Mas para quem vai é um alivio
É o parar de sofrer
A certeza do final
A doçura das recordações
E nada mais...
É o grande baile de apenas dois personagens
Somente você e ela...
E muito gentilmente
Ela te tira para dançar...
Com a mais suave das vozes...
O mais doce dos perfumes...
Ela pergunta...
Vem dançar comigo?
E é aí que começa a nossa historia...
Como se responde a essa pergunta?
Quem já dançou? Como foi?...
Ninguém sabe...
Mas todos querem saber...
(mas sem dançar, é claro)...
Este é o maior segredo que existe...
Morrer – já na antiguidade quiseram responder a esta pergunta
E cada povo encontrou sua forma...
Seu alento...
Gregos, persas, árabes, etruscos...
Não se pode esquecer dos egípcios...
Onde a morte era a essência de suas vidas...
As pirâmides...
A mumificação e a ressurreição...
Oh! Grande reino de mistérios e belezas...
E o que falar das religiões...
Cada crença...
Cada mistério...
Em uma oração...
O alento dos deuses...
Em um choro...
O conforto dos que ficam
E a esperança
A luz...
A bonança...
A ciência...
O homem e sua ambição...
O sonho...
A vontade de vencer a morte...
A vontade de ser Deus...
A resposta que nunca tiveram...
Por mais que evoluam
Por mais que cresçam...
Eles nunca a conseguiram vencer...
E nada acaba
Tudo se transforma
É a transmigração da matéria...
A renovação da alma
A volta
A ressurreição
O retorno triunfal
A apoteose...
E nesse clima apoteótico
Que a Sei Lá
Vem dançando coladinho
Com ela, a mais temida...
A mais engraçada...
A mais macabra...
Nessa festa popular...
Onde tudo mundo
(até mesmo a morte)
Merece brincar o Carnaval!


Autores do Enredo: Renato Silva e João Vitor Araújo
Carnavalescos: Renato Silva e João Vitor Araújo

Samba Enredo - 2006

Enredo: O Festival da Boa Vizinhança
Compositores: Nhonho, Seu Madruga, Reinaldo Coelho e João Marcos
Intérprete: Reinaldo Coelho


Sei lá, me bateu uma saudade...
Ao relembrar antigas amizades
Em uma vila onde se podia quase tudo
Chaves que guardaram minha infância
No coração de uma eterna criança
Atenção pessoal
Vai começar o Festival


O amor supera tudo
Até o contraste social
Tem gente cobrando dívida
Outros fugindo na maior cara-de-pau


Lembra da bela sala de aula
E das risadas pelo pátio a ecoar
Lembra daquela moça bonita
Que nos distraiu a vista
Fez o felino "sambar"
Lembra o disco voador
Da barraquinha de churros que passou
De Acapulco, quando o coro ecoou

Neste palco iluminado
Todos juntos vão cantar
A mais linda serenata

Desta noite de luar
E assim...
Nos veremos muitas vezes mais


Carnaval 2006 - O Festival da Boa Vizinhança

" O Festival da Boa Vizinhança "
Justificativa de Enredo

É nostálgico. É encantador. É uma sensação pura lembrar de personagens e histórias que encantaram o imaginário. Povoaram a mente de inúmeras crianças, adolescentes e até marmanjos durante anos no mundo inteiro. O enredo da GRESV Sei lá relembra essa figura imortal da TV mexicana que é uma lendária mágica. Com o propósito de nos levar de volta ao universo encantado da Vila de moradores tão cômicos; “O Festival da Boa Vizinhança” é uma grande festa, onde contamos com a participação de todos os elementos, frases e sentimentos das trapalhadas dessa turma. Inicia-se a fantástica viagem de fato pelo festival, que traz o Chapolim Colorado, um personagem de outro seriado da televisão, apresentando a brincadeira. Retrata o reencontro de todos os personagens e os principais cenários e bordões utilizados. Segue-se de fato pela saudade que cada episódio e imagem deixou na mente e no coração de cada um de nós; e culmina no maior espetáculo do mundo em terras mexicanas. Carnavalizamos Acapulco. Carnavalizamos Chaves e sua turma num grande festival para matar saudades...


SINOPSE DO ENREDO

Era uma vez...

Era uma vez uma vila onde se podia tudo, menos a presença de “animais e crianças pequenas”... Uma vila mágica, com personagens tão mágicos quanto a própria. Só nesta vila que poderíamos encontrar um “Quilômetro parado” apaixonado por uma “Velha coroca” que sempre era presenteada com um ramo de flores em troca de uma xícara de café. Também podemos encontrar um “Velho pançudo” correndo atrás de um “Chimpanzé reumático” em busca de uma dívida de 14 meses de aluguel. E não podemos esquecer de 4 crianças: Uma com “Bochechas de buldogue velho”, um “Garoto rechonchudo”, uma garotinha bem espertinha, e um outro apaixonado por “sanduíches de presunto”... Essas 4 crianças viviam com medo de uma tal “Bruxa do 71”, principalmente quando ela chamava pelo “satanás”.
Apesar de todos os problemas existentes, eles se amavam, pois “as pessoas boas devem amar seus inimigos”. E desse amor nasceu um festival:

“O Festival da Boa vizinhança”. Mas como assim um festival? Como poderia ser feito? E agora? Quem poderá nos ajudar?
E surge do meio do nada... Um Pássaro? Não, um avião? Nada disso, surge o Chapolim Colorado. O “Polegar vermelho” (um super-herói trapalhão e idolatrado pelas crianças da vila) dá a idéia:
-Vamos fazer um festival, aliás, um grande festival, que conte simplesmente a vida de vocês, suas estórias, brincadeiras, acontecimentos em geral.
E todos dizem:
-“Não contavam com sua astúcia!”

Deu-se início ao festival:

1° ATO: Dona Florinda, Professor Girafales e Dona Clotilde iniciam o festival.

A Bruxa, digo, a Dona Clotilde pega o microfone e começa a falar que se sente lisonjeada de abrir o festejo, não sabe o motivo que levou a ser a escolhida, mas já que foi, começa a falar o que para ela significa o “Festival da Boa Vizinhança”: O Amor.
- “Sim porque o amor, ai o amor é o laço que une os seres entre si, é a chama que os funde no crisol da vida, deve haver amor entre todo mundo. Sim, amor entre o vizinho e outro vizinho, amor entre a criança e o adulto, como o amor que deve haver entre o pai e o filho. E porque não dizer o amor entre uma mulher e um homem? A mulher nasceu para amar e ser amada. Por tanto, devemos amar sem restrições, pensando sempre e a cada momento que não existe nada mais belo que o amor. O amor que é tudo nessa vida: carinho, ternura, paixão,
romance... Ou existirá coisa mais romântica que um casal de namorados que caminha lentamente sobre a luz de prata da lua, em uma noite clárida e outonal?
Sim meus amigos. Amor, amor e amor. Nasceu de ti, nasceu de mim, nasceu da alma. Porque o amor vence todos os obstáculos, todas as
barreiras e todos os riscos. Pois o amor é como o sol que ilumina todos os rincões da Terra, fazendo germinar a semente que irá se transformar em fruto. E pintando de dourado os trigais que se ondulam em busca do vento. E vejam bem, de que outra forma pode se manifestar o amor?


Há que se desculpar os erros do vizinho, e perdoar os atritos passados. Tudo isso é amar! Eu amo, tu amas, Seu Madruga ama, nós dois nos amamos, vós também amais e, quero dizer, me desculpem. Com licença.”
Após o belíssimo discurso, foi passada a vez para o casal da Vila. Os dois contam casos marcantes que aconteceram... Quem não há de lembrar da grande escola onde o Professor Lingüiça...
Ouve-se uma voz ao fundo:
- “Ta, ta, ta, ta, ta... o meu nome não é Professor Lingüiça, sou Lingüiça e meu nome é professor, digo, sou professor e meu nome é Girafales”.
Voltando ao festival, quem não há de se lembrar da grande escola onde o Professor Girafales ensinava as crianças que o livro é o caminho do saber, pois como ele diz:
-“Enquanto estiverem com o livro entre as mãos, serão gente de bem, gente de caráter (...) em outras palavras, enquanto estiverem com o livro entre as mãos, serão como eu.”
Lembraram-se também quando o Professor Girafales foi o Juiz para a averiguação do caso da morte do “gato do Quico” e até hoje “tentam”
saber “quem estava parado feito bocó na rua olhando a moça bonita”. E como esquecer do concurso de miss? Onde a vila inteira estava
assistindo o concurso na casa da Dona Florinda, concurso transmitido ao vivo direto de “Acapulco”.

Dona Florinda não poderia esquecer de seu restaurante, tão badalado pelos moradores..., Mas um fato que a desagrada muito foi quando houve uma invasão de ratos, e a todo o momento vive ouvindo um “nada de exaltações” por todos os lados.
E para o “Gran-finale” do primeiro ato, uma atração internacional, o ator “Héctor Bonilla”. Ele é recebido com um “bom dia Héctor”, pega o microfone e diz apenas duas palavras:
- “Te Perdôo”

2° ATO: Seu Madruga e Sr. Barriga continuam o festival.

Mal sobem ao palco e o Sr. Barriga já diz:
- “Pague o aluguel”
Além disso, o Sr. Barriga começa a falar da vez em que quase foi enganado por causa do tal “disco voador” só para não receber o pagamento.

Seu Madruga interrompe e diz que é uma festival para semear o amor e não a discórdia... E começa a falar que embora muitas pessoas digam que é vagabundo ele diz:
- “Não há nada mais trabalhoso do que viver sem trabalhar”
E através disso ele mostra que já trabalhou bastante nessa vida, ele já foi fotógrafo, lutador de boxe, carpinteiro, leiteiro, entregador de lenha,
sapateiro, cabeleireiro, vendedor de coisas velhas e roupas usadas, mecânico, até professor ele já foi “pois é, pois é, pois é”.
Quem não se lembra quando aquele “farrapo de gente”, digo, Seu Madruga, foi “coach” de futebol americano e o Quico ficou com medo de
levar uma “coachada”? Mas Seu Madruga recorda com carinho quando foi vendedor de churros, embora não tenha tido muito sucesso, sentiu o
gosto de ter Dona Florinda como sócia. Também não dá para esquecer quando ele foi empresário e contratou dois profissionais internacionais
do iô-iô, um vindo do “Norte da África do Sul” e o outro vindo do “Sul da África do Norte”.
Para encerrar o segundo ato, uma sessãozinha de cinema, o filme? Não poderia ser outro, o “Filme do Pelé”.

3° ATO: As Crianças encerram o festival.

Chaves sobe no palco e diz que a “Tienda Del Chavo” está aberta para quem quiser saborear os refrescos de “limão, que parece de tamarindo e tem gosto de groselha”, “tamarindo, que parece de groselha e tem gosto de limão” e “groselha, que parece de limão e tem gosto de tamarindo” e o melhor: Não haverá concorrência com o “Super de Quico” e o “balde de água suja” foi retirado. Mas ninguém há de se esquecer no dia em que a Chiquinha ganhou um livro sobre animais e começou a fazer adivinhações com o Chaves... Tinha o gato (“o que te chuta com o sapato”), o porco (“aquele que te dá um soco”), o coelho (“que te chuta com o joelho”) e a gaivota (“quem manda ser idiota”)... Mas um que ninguém
conseguiu acertar foi saber qual era o “animal que bate nos filhos”...
E como o festival também é musical não poderia deixar de ter a bandinha formada pela turma no palco da escola... Mas antes disso o Quico queria recitar um poema sobre as mães, um poema sobre uma “mamãe querida que já deixou derretida e meu coração por ti bate como um caroço de abacate, como sinos de chocolate, como pano de engraxate ou como dente de alicate?” Enfim, mas o que interessa mesmo é o musical e a primeira apresentação é a musica dos sapinhos. As crianças se preparam e começam a cantar:

“Ah, um disse o sapinho
Ah, um disse o sapinho para mim
Os sapinhos fazem um, ah, um
Os sapinhos fazem um, ah, um
Os sapinhos fazem um, ah, um”

Após o termino da música, o Chaves lembra que gostaria de recitar o poema do cão arrependido, então ele começa:

“Volta o cão arrependido
Com suas orelhas tão fartas
Com o seu osso ruído
Com o rabo entre as patas”

Mas é logo interrompido, pois o poema tem que ser repetido 44 vezes... E para terminar o festival, todos sobem ao palco. Carnavalizando o festival que é animado com a bandinha das crianças, a vizinhança canta a música que tem a ver com eles, que representa a história, suas brigas, amizades, confusões, união... A música que a vizinhança cantou no dia em que esteve em “Acapulco”:

“Quantas vezes, como agora
A reunião se estendeu
Até que chegou a aurora
E nos surpreendeu
As estrelas, testemunham
Nosso amor e semelhança
Boa noite meus amigos
Boa noite vizinhança
Prometemos despedirmos
Sem dizer adeus jamais
Pois haveremos de nos reunirmos
Muitas vezes mais.”

Fecham-se as cortinas do mágico festival!

Felipe Andrade – Vice-Presidente de carnaval
Alex Brivio, Marcelo Machado e Renato Silva - Carnavalescos

Nossa História

É impossível contar a sua história sem ir ao embrião dos desfiles virtuais. Tudo começou em 2003, onde foi criada uma liga e uma das escolas fundadas se chamava Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Beijilha do Grajaú, criada por Felipe Andrade, Gustavo Andrade e Fábio Barcelos.

A escola, com um enredo irreverente (Do Grajaú ao Catumbi, o paraíso é aqui!) não obteve muito sucesso, ficando em 5° lugar, onde disputavam somente 6 escolas. Porém, pode ser considerada a primeira escola de samba virtual a levar uma mini-bateria para o desfile, logo depois levada por praticamente todas as escolas.

No ano de 2004, deu-se por encerrada a sua trajetória. Houve uma dissidência na escola, onde um de seus presidentes (Gustavo Andrade) se retirou e fundou uma nova escola: A União da Beijilha. Após problemas enfrentados no período pré-carnavalesco, a escola decidiu enrolar sua bandeira Verde e Azul e seu mascote (um Papagaio) acabou voando por aí....

Em 2005, uma nova luz voltou a brilhar no universo do carnaval virtual... Para ser mais preciso, essa nova luz nasceu no dia 30 de julho de 2005 e foi fundada pelos ex-presidentes da Beijilha do Grajaú, o Felipe Andrade e o Gustavo Andrade (após a União da Beijilha ter se ausentado do carnaval).

O nome? Sei Lá...
Seu nome pode significar uma indecisão, uma incerteza... E foi com esse objetivo que foi dada essa nomeação. O que viria daqui para frente a partir do momento que essa escola foi criada? Como seria seu desfile? Daria certo? Para tudo isso, só há uma resposta: Sei Lá!

Suas cores, não foram pré-definidas, surgiram ao acaso, mas é a única escola verde, laranja e branco de todo o mundo carnavalesco. E seu símbolo? Não poderia ser outro, um ponto de interrogação.

Graças aos Deuses virtuais, a escola cresceu, se consolidou e é uma das escolas mais populares, uma das escolas mais simpáticas... Já foi homenageada em diversas escolas do carnaval real. Quem não se lembra do samba do Salgueiro de 1992 (Cadê o bom café, foi viajar / Onde andará... Eu sei lá), da Renascer de Jacarepaguá em 2005 (É mito, é supertição, será? / Na magia astrologia, o espelho a encantar / Folclores e lendas no ar / Quebrar o espelho é azar? Sei Lá) ou da União da Ilha de 2006 (Se olho comprido trás má sorte? Eu sei lá!)

Sei Lá... Esse é o teu caminho, uma luta de incertezas, um oceano de dúvidas, mas sempre terá uma resposta positiva.